Entenda sobre o tema Evocações, dúvidas comuns, falsos conceitos sobre o tema, exemplos e outros aspectos nesta matéria.

Baseado no Capítulo 25 do livro dos espíritos

Podemos começar a falar deste tema removendo ou retirando o que há de errado sobre este conceito, isto não é tão difícil se considerarmos que a maioria das pessoas não estuda o tema e, por conseguinte, tem medo de realizar qualquer tipo de evocação por medo, ignorância ou ainda por ter sido mal orientada, ao se conceber todo e qualquer tipo de evocação de espíritos como sendo errada, o que é uma generalização, sendo, portanto, também errada.

Na verdade se trocar o termo de evocação por atração, já que todo espírito encarnado ou não, é como um ímã gigante, o conceito se torna mais aceitável pois a evocação também pode remontar filmes e histórias de um tipo de bruxaria, que infelizmente é alimentado pelas indústrias cinematográficas justamente para incutir medo, quiçá desmerecer todo e qualquer esforço da comunicação entre quem está do lado de cá e aqueles que estão do lado de lá.

Algumas características gerais das evocações realmente podem ser classificadas como espécies de atração ou chamamento de uma consciência para outra, segue abaixo alguns tópicos que podem resumir este fenômeno autorizado por Deus, em especial para aqueles que já conseguiram certa desmaterialização de seus corpos sutis, se encarnados, abençoados por fazer parte de grupos mediúnicos, ou ainda que se dedicam a estudo e pesquisa de fenômenos espirituais:

1 – Evocação pode se dar tanto com pessoas desencarnadas como encarnadas.

Sim, historicamente, é sabido que Allan Kardec evocava certa classe de espíritos, por exemplo aqueles que haviam se suicidado, a fim de extrair deles, por meio de pesquisa séria, autorizada por guias espirituais, detalhes do mundo espiritual que assola quem comete este tipo de crime contra a vida, motivos, razões pelas quais o fazem, consequências para o perispírito etc.

A evocação de pessoas ainda encarnadas, assim como no primeiro caso, pode ser aumentada ou diminuída pelo afeto ou simpatia entre ambas as pessoas, seja para sanar uma dúvida ou ainda para tomar decisões ou resolver conflitos.

É recomendável aqui, que, em todos os tipos de evocações e para qualquer um que seja, que esta seja realizada com a devida educação, respeito e cordialidade, exceto aquelas que não deveriam ter sido realizadas, de qualquer maneira, as quais trataremos pouco mais adiante.

2  -Evocação pode ser realizada tanto para com espíritos mais evoluídos, desmaterializados, quanto para espíritos mais pesados, desde que sejam para fim louvável, do bem geral

Espíritos mais evoluídos, sejam eles aqueles que se foram há pouco ou há muito tempo, se já tiverem sido encarnados ou não, podem ser evocados tanto de forma individual, isto é, sozinho ou em grupo, o que por sua vez obtém-se mais resultado, para finalidade de pesquisa, sanar dúvidas, obter a solução para um problema individual ou coletivo, sendo, neste caso uma verdadeira benção, oportunidade para aqueles que cuidam de tal caso.

No livro “Obreiros da Vida Eterna” de André Luiz, no capítulo o sublime visitante, é retratada uma passagem na qual André Luiz, desencarnado, junto com um grupo de pessoas, passa por uma experiência no astral, onde seu guia, Cornélio, os auxilia na recepção de um espírito o qual nunca se encarnou, chamado Asclépios, o qual aparece em algumas tradições como um ser que personifica as irradiações de cura e sabedoria.

Nesta passagem devido aos exercícios de visualização e mentalização que Cornélio os fazem realizar, pode muito bem ilustrar a questão da evocação descrita no livro dos médiuns, embora a intenção não seja, propriamente e antecipadamente planejada pelos alunos de Cornélio, onde André Luiz se encontra, mas sim para o professor, que se utilizou das boas e veneradas energias do grupo, excelsas, por assim dizer, a fim de propiciar a aparição e bênçãos pelo espírito citado:

“Cornélio, de mãos erguidas para o alto, mas sem qualquer expressão ritualística, em vista da simplicidade espontânea de seus gestos, exclamou: — Bem-vindo seja o portador de Nosso Pai Amantíssimo!”. Nesse instante, sob nossos olhos atônitos, alguém apareceu no gabinete, entre a vegetação e o céu. Semelhava-se a um sacerdote de culto desconhecido, trajando túnica lirial.

No caso de evocações de espíritos menos evoluídos, podemos citar o caso de médiuns os quais, tendo autorização por seus guias espirituais, e com os devidos limites, conseguem mediunizar espíritos ainda mais materializados e de sofredores, pela evocação de parentes, amigos ou com outra ligação. A finalidade destas evocações, como citadas anteriormente, podem ser para estudos das causas e efeitos de decisões erradas, ajuda para estes mesmos desencarnados que ainda tem ligações de família ou amizades na terra, desfazimento de ligações e vibrações conflituosas com outras pessoas ou ambientes os quais continuam ligados a tais espíritos, mesmo este estando no além, entre outros casos.

Os espíritos pesados ou materializados não tem esta autorização, justamente pela densidade ou tribulação que este esteja sofrendo, são incapazes de entender a linguagem humana e obter proximidade da humanidade na crosta terrestre.

A evocação de desencarnados ou desencarnados para fins escusos ou simplesmente para vantagem própria devem ser descartados, por serem antiéticos e imorais, como por exemplo para a descoberta de riquezas ocultas, ou ainda para importunação, brincadeiras ou diversão. Estes comportamentos trazem efeitos retroativos nefastos para quem os faz, entre estes efeitos está o de ficar “amarrado” com tal espírito, o qual passa a influenciar negativamente a vida da pessoa que o evocou de maneira superficial.

3 – Evocações podem ou não acontecer, dependendo de uma série da fatores

As evocações podem ou não haver, devidos uma série de fatores como já citados de simpatia e harmonia entre  o evocador e evocado, a materialidade de quem é evocado, no caso, aqueles que estão mais evoluídos têm maior facilidade de serem ouvidos e atendidos, uma vez que podem transpassar a matéria e outras camadas da espiritualidade com facilidade, aqueles mais densos, podem não ter condições de ouvir, as vezes nem tem permissão para atender um chamado  ainda há aquelas as quais não devem ser realizadas, pelos motivos expostos acima.

4 – Exemplos pelos quais uma pessoa pode evocar uma consciência, desencarnada ou não.

Dependendo do tipo de ligação que uma pessoa tem com a outra, seja por meio de experiência anterior ou até mesmo somente tendo tido contato com esta por meio de imagens, fotos ou livros, tal evocação pode ser realizada com maior ou menor facilidade.

Evocações entre um amigo, parente ou até mesmo um conhecido pode ser realizada durante a noite quando um destes está no repouso terreno, somente com a força do pensamento.

Em casas espíritas há relatos de pessoas que são atendidas, estando no meio de situações dramáticas as quais tem seus problemas resolvidos ou ao menos facilitados por meio de resolução de conflitos mediados por pessoas mediunizadas, as quais evocam encarnados ou desencarnados, a fim de tratar problemas os quais não seriam possíveis de outra forma.

Espíritos evoluídos, como de missionários, religiosos, podem atender pedidos, evocações, em conjunto com  orações e preces, desde que realizadas com fé e boa intenção, são variações da evocação a qual não pode somente ser entendida como ocorridas dentro das 4 paredes de um centro espírita. São fenômenos espirituais embasados nas leis naturais da criação.

Uma pessoa pode, por exemplo, evocar a consciência de um desafeto, que esteja na família ou no ambiente de trabalho para se estabelecer equilíbrio, pedir perdão, entre outros.

Sabemos que entre aqueles que estão desencarnados não é recomendável, sobremaneira, a evocação, pois estes tem suas atividades de evolução no mundo espiritual assim como na Terra de trabalho  e de estudo, no entanto, algumas vezes, pelo simples pensamento, lembrança de um ente querido, tal já pode ser evocado ou atraído. Com isso vemos a importância da pureza de pensamentos, a fim que esta propriedade natural de evocação ou atração de espíritos possa ser benfazeja para todos, a pureza, desapego, a gratidão irão atrair sempre espíritos dessa espécia para nossa proximidade, e não dos mais escuros.

Na grande obra da criação, entre suas leis simples, há fenômenos e eventos muitas vezes mal compreendidos, seja por ignorância ou intenção de ocultação por aqueles que desejam manter em segredo aquilo que pode libertar o Ser Humano da inércia e vitimismo.

A evocação pode ser uma benção na solução de conflitos familiares, pessoais, sociais quando ensejado por pessoas sérias e desapegadas de dogmas rígidos e sem sentido.