Evento Sai Baba e sua relação com as leis cósmicas

Tendo em sua segunda encarnação em 1926, Sai Baba é considerado um Avatar, isto é, uma encarnação do Divino sobre a Terra, assim como Jesus Cristo o é para os cristãos.

Segundo suas próprias palavras, sua missão irá se findar quando ocorrer 3 encarnações sucessivas, todas na Índia, mas cujo alcance se dará para toda a humanidade, marcando a passagem de uma era para a outra, no desenvolvimento da humanidade.

A citação de Sai baba nesta matéria, em termos de biografia, têm entre seus objetivos, mostrar como se dá a atuação de Deus na Terra, como ele se manifesta, o que este espera de nós, como somos conduzidos, através das eras ao retorno para Deus e suas correlações com o espiritismo.

Sai baba, ao contrário dos eruditos de tempos remotos e modernos, não precisou se utilizar de palavras ou eloquência para nos demonstrar como ser agradáveis a Deus, por meio de suas obras e milagres, provou, na maneira de ser, uma manifestação ou raio Divino na Terra, fundou escolas, creches, universidades, trouxe água para populações que vivem em áreas de seca, reavivou pessoas que estavam na beira da morte, materializava presentes, como relógios, pulseiras, ouro, curava doentes, foi estudado local e remotamente por estudiosos do mundo inteiro os quais, procurando alguma falha dele, alguma brecha que pudesse ser evidenciada fraude, não localizaram, todas as tentativas foram falhas e, estima-se que haja de 6 a 100 milhões de pessoas ao redor do mundo que sejam consideradas devotas de tal “santo”

Algumas das correlações que o evento Sai têm com o espiritismo são:

  • Ele não fundou nenhuma igreja ou favoreceu credo A ou B, mas simplesmente apontou o caminho para o amor ao próximo, abnegação, solidariedade e caridade; “Amar ao próximo é amar a Deus”
  • Sua passagem na terra não determinou ritos formais para adoração à Deus, roupas específicas, horários determinados, mas sim a forma de adoração mais aprazível, acessível que seja proveniente do coração;
  • Seus ensinamentos foram direcionados às coisas do eterno, do espiritual, abrangendo 3 diferentes encarnações para seu cumprimento, o que está diretamente de acordo com a filosofia reencarnacionista do espiritismo, cujos romances, muitas vezes, abrangem várias vidas de um personagem para melhor detalhar e esboçar sua jornada evolutiva;
  • Sua biografia, assim como a de Chico Xavier, foi uma demonstração viva de auxílio aos mais necessitados, sem distinção de credo, orientação sexual ou classe social.

Um fato curioso sobre sua segunda passagem pela terra, que se deu há poucas décadas atrás, ocorreu na visita de Divaldo Franco a Sai baba, aproximadamente na década de 80, quando o então médium e orador espírita apresentava um tipo de cardiopatia, que quase o levara à morte física.

Relata o médium que, assim como ocorria com as visitas à Chico Xavier, uma luz antecedia o encontro com a pessoa iluminada, e o Amor e reverência foram tais no encontro com Baba, que fez o médium baiano beijar-lhe os pés.

Quando Divaldo,  questionado qual era o seu pedido diante do mestre indiano, este relatou problemas no coração e, seu maior desejo, naquele momento, era que tal problema o deixasse, com um leve gesto do indiano, ainda antes de encontrá-lo fisicamente, Divaldo afirma que nunca mais teve que se incomodar com tal problema.

Dentre os os milagres que Sai Baba realizou, o quais podem ser consultados em documentários produzidos tanto pela BBC de Londres como por devotos particulares, inclusive do Brasil, podemos citar:

1 – Para um americano, que caminhava uma tarde ao lado de Sai baba, ele revolveu um pouco de terra na mão, segurou-a e mexeu por instantes, o que se materializou em uma figura de cristo sobre uma cruz de madeira, quando questionado, Sai baba afirmou que teve certa dificuldade em encontrar aquela madeira, pois havia mais de dois mil anos que estava dissolvida na Terra fazendo parte da própria cruz onde Cristo deu os últimos suspiros;

2 – Durante uma de suas palestras públicas, diversas pessoas traziam doentes e necessitados para tratamento e cura diante de Baba, porém, uma dessas pessoas estava ali há dias esperando uma atenção do mestre, o qual, aparentemente o ignorava, passando de uma cadeira para uma maca no decorrer dos dias, o corpo começou a apresentar sinais de mal cheiro e a família queria um último Adeus de BaBa antes de providenciar os aparatos fúnebres, no entanto, que surpresa tiveram! após momentos em particular do mestre indiano com o corpo do então moribundo, este ficou sentado tranquilamente na cama, recebendo os parentes como se nada tivesse acontecido, sorridente;

3 – Um dos fundadores do Hard Rock Cafe, Isack, após uma visita espiritual à Índia, foi recebido calorosamente pelo Guru, o qual cortou caminho pela multidão para cumprimentá-lo na primeira visita e disse: estava à sua espera! Vamos começar a trabalhar? E assim se formou uma parceria que durou por todo o tempo restante que Sai esteve na Terra, em sua organização sem fins lucrativos;

4 – Fato comun e corriqueiro para Baba, era materializar um pó cinza que saia de suas mãos, chamado de vibhuti, cujo significado, segundo o venerado indiano, era que ao pó viemos e ao pó retornaremos, portanto, o significado do pó acinzentado têm relação com a esterilidade e temporalidade na e da matéria, cuja experiência todos estamos imersos momentaneamente, além do mais, ainda faz referência que devemos “queimar” todos os desejos efêmeros, a fim de alcançar a paz e libertação espiritual.

5 – Um casal de ingleses, cujo marido acompanhou a mulher ao um ashram onde Sai baba permanecia, durante a viagem comentou com a mulher: “só acreditarei nas palavras deste indiano se chegarmos em seu templo e ver um arco íris sobre ele” e, assim que o casal chegou na porta de entrada, repararam que, no céu, mesmo sem estar chovendo ou garoando, um belo arco íris tinha se formado, e, recepcionados pelo próprio Sai baba, este, ao encontrar o homem lhe diz: olá, o que achou do meu arco íris?;

Independentemente das coisas fantásticas relatadas sobre o venerado indiano, sua literatura é vasta, totalmente destinada à evolução espiritual do homem na Terra e pode ser consultada, em língua portuguesa no sítio da Organização Sathya Sai do Brasil no endereço: https://www.sathyasai.org.br/organizacao.

A passagem de Sai baba, cuja missão completa ainda não se findou, também mostra outras características do Divino na Terra, como a lei da ação e reação.

Tal característica se dá pelo fato de, logo após este completar aproximadamente 20 anos de idade, manifestou o desejo para os pais que iria abandonar a escola e, questionado pelos então responsáveis pelo menino, este disse: “preciso voltar aos meus devotos, estes estão me chamando!”

Tal se justifica pelo fato de Baba, na encarnação anterior, ter passado por dois tipos de credo, em sua primeira passagem pela terra, era tanto um eclético hindu, como um devoto mussulmano, conquistando, já naquela época, o coração daqueles que se identificavam com a espiritualidade.

Tal fato, de certa forma também ocorreu com Cristo, na medida em que este não por acaso nasceu em Israel, época em que os Judeus oravam e esperavam ansiosamente alguma ajuda do alto, pois estavam aprisionados política, social e culturalmente pelo povo de Roma.

Outra característica que Baba nos ensina sobre Deus é que este não têm forma, isto é, a essência divina não pode ser descrita como de um Homem sentado em um trono de ouro que julga este ou aquele, de acordo com seus desejos, mas sim, em consonância com a questão n. 1 do Livro dos espíritos onde se lê: Que é Deus?  e a resposta é: Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. O que se depreende que Deus, pela própria pergunta, não é relacionado ao feminino ou masculino, tanto que a pergunta não tratou de uma personalidade específica, senão seria Quem é Deus?

Deus, sendo uma causa primária de inteligência e energia pode se tornar qualquer forma, masculino, feminino, frequentar ou nascer no meio hindu, católico, judeu, mussulmano ou qualquer outra denominação.

Uma das denominações de Avatar nada mais é do que a encarnação do Divino, seja em Cristo, Krishna, Sai Baba, etc.

Quando perguntado se Ele era Deus, afirma-se que o Hindu respondeu, “Eu sou, assim como você também é, mas eu tenho consciência disso”, com tal afirmação se entende que Baba não quis dizer que temos, logo de imediato, todos os poderes ou manifestações milagrosas, como ele e Cristo manifestaram na Terra, mas que todos somos, em parte, um reflexo do amor Divino, uma centelha, uma parte dele, a qual busca o retorno para a fonte, para aquilo que é eterno, belo e puro.

Certamente procuramos, por natureza, aquilo que é belo, puro e eterno, pois se trata de nossa origem.

Isso pode ser esboçado, por outras palavras, quando um jovem encontrou com Divaldo, tendo o tido como amigo e, reverenciado ele como um ente querido e amável, portanto, que se deve prezar e cuidar, veio a ter com ele perguntando o que este deveria fazer para parar o desejo de matar, pois havia sido incriminado várias vezes por homicídio, sempre voltando a cometer o mesmo delito. Nesta ocasião, vendo que Divaldo tinha conquistado sua simpatia, simplesmente disse: toda vez que ver uma pessoa e ter vontade de eliminar sua vida, veja-a como sendo eu, eu serei aquela pessoa! Dizem que nunca mais o jovem voltou a cometer assassinato outra vez.

Esta passagem de Divaldo nos mostra que, sendo em parte Divinos, todos estamos ligados, assim como uma parte de Deus vive em cada um.

É sabido que a próxima encarnação de Baba terá como objetivo reavivar este princípio criativo, único e permanente do Divino em cada um.